quarta-feira, 27 de julho de 2016



CÂNCER DE PÊNIS


O câncer de pênis representa 2,1 % dos tumores malignos dos homens no Brasil, sendo mais prevalente nas regiões norte e nordeste com maior incidência a partir de 50 anos de idade. É uma doença rara, mais frequente em países em desenvolvimento e populações de baixo nível socioeconômico. O tipo histológico mais frequente (95% dos casos) é o carcinoma de células escamosas.


Principais fatores de risco
·         Higienização local precária, acúmulo de esmegma (determinando irritação crônica e alterações celulares).
·         Fimose - dificuldade de exposição da glande (cabeça do pênis) devido ao estreitamento do prepúcio (pele que reveste a glande)
·         Baixo nível socioeconômico e falta de informação
·         Doenças sexualmente transmissíveis (infecção pelo vírus HPV tipos 16 e 18 conforme evidências de alguns estudos epidemiológicos)


Prevenção
·         Educação da população com o cuidado de higiene
·         Uso de preservativo nas relações sexuais
·         Cirurgia de fimose ou de prepúcio exuberante na puberdade


Diagnóstico
O exame físico e a biópsia da lesão suspeita são elementos fundamentais no diagnóstico do câncer de pênis. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura.

Através do exame clinico é possível identificar uma lesão vegetante ou ulcero-vegetante, que acomete inicialmente a glande (80%), prepúcio (15%) ou sulco coronal - região entre a cabeça e corpo do pênis (5%) e o aumento dos gânglios inguinais (local frequente de metástases).

Alguns exames de imagem como a Tomografia computadorizada (TC) e Ressonância magnética (RM) são utilizados no estadiamento da doença e planejamento do tratamento.


Tratamento
O tratamento do câncer de pênis, assim como outros tumores, é determinado pela gravidade e extensão da doença. A cirurgia constitui o tratamento mais utilizado, principalmente para o controle local, sendo, muitas vezes, necessária a amputação parcial ou total do órgão e retirada dos gânglios inguinais. A quimioterapia geralmente é indicada em casos de doença avançada ou metastática. Em alguns casos, a radioterapia pode ser considerada.


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